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Enfrentando o medo de ser julgado pelo Psicólogo

O medo de ser julgado pelo Psicólogo na terapia é comum. Porém, é importante salientar que esse julgamento não deve transparecer.


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Um dos maiores obstáculos emocionais que ouço quando se trata de iniciar uma terapia é o medo de ser julgado pelo Psicólogo.

Ele sabe disso, e se esforça para informar o paciente sobre sua abordagem sem julgamento.

Vivemos em uma sociedade do julgamento, onde as pessoas têm opiniões fortes sobre todos os tipos de coisas. Até mesmo dos amigos recebemos conselhos indesejados ou críticas.

Abrir-se é difícil

Podemos até pensar em consultar um Psicólogo, mas cedemos à resistência, acreditando que nunca suportaríamos alguém em uma posição de autoridade nos dizendo que vivemos nossa vida de maneira errada ou comentando algo sobre o qual nos sentimos vulneráveis.

Isso é duplamente difícil quando compartilhamos pensamentos ou informações que talvez nunca tenhamos revelado a mais ninguém.

Às vezes, as pessoas vão às sessões de terapia por muito tempo antes de conseguirem se abrir, pois parece ser muito arriscado compartilhar qualquer informação vulnerável.

Ser aberto e transparente na terapia é mais provável se uma relação de confiança for construída ao longo do tempo entre o Psicólogo e o paciente.

Os medos mais comuns

Costumo dizer a meus pacientes que testemunhei tanto como Psicólogo ao longo dos anos que muita pouca coisa ainda me surpreende.

Além disso, o que é importante na mente de uma pessoa, pode ser irrelevante na de outra.

Algumas das coisas pelas quais os pacientes temem ser julgados:

  • Criação de filhos;
  • Ser um sobrevivente de abuso ou ser um perpetrador de abuso;
  • Colocar uma criança para adoção;
  • Ocupações passadas ou presentes, especialmente aquelas relacionadas ao sexo, ou que têm baixo status na sociedade;
  • Pobreza ou história de pobreza;
  • Atitudes criminosos anteriores;
  • Comportamento criminoso na atualidade, como furto em lojas, fraude, etc;
  • Uso passado ou atual de drogas e/ou consequências relacionadas;
  • Comportamentos compulsivos, como sexualidade compulsiva, às vezes conhecida como “vício em sexo” e jogos de azar;
  • Distúrbios alimentares;
  • Ser um profissional de saúde e não “viver a vida”;
  • Acesso limitado à educação;
  • Raça, sexualidade, habilidade;
  • Pensamentos ou comportamentos de autoagressão;
  • Doença física ou mental;
  • Aborto espontâneo, natimorto, perda infantil;
  • Falta de exercícios regulares;
  • Explosões de raiva ou violência, incluindo destruição de propriedade, agressão física;
  • Estilos de vida alternativos, como poliamor e BDSM;
  • Qualquer tipo de relacionamento romântico, incluindo relacionamentos abertos, casos amorosos, infidelidade;
  • Crenças religiosas, ateísmo;
  • Normas culturais.

Esta lista certamente não é exaustiva e pode até ser surpreendente, com você percebendo que seus medos são mais comuns do que pensava.

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Os Psicólogos julgam?

Você pode sentir um tremendo medo de que um Psicólogo o julgue, mas será que ele o fará? A resposta curta e talvez desanimadora é sim, embora não seja o “direito” dele fazê-lo.

É uma decepção para algumas pessoas que os Psicólogos sejam seres humanos com opiniões sobre todos os tipos de coisas! Essas opiniões são obviamente influenciadas por suas experiências de vida, ou pela falta delas.

Mas isso não precisa ser um prejuízo para a terapia se o Psicólogo reconhecer quando o julgamento está surgindo em sua mente e não agir sobre ele.

A disposição de não dar muita importância aos seus próprios julgamentos também é importante.

Os julgamentos são pensamentos, não fatos, e causam sofrimento mental se forem seguidos rigidamente.

E, se o julgamento estiver interferindo na capacidade do Psicólogo de trabalhar com o paciente de maneira eficaz, é importante que ele o encaminhe a outro profissional de saúde mental.

O autoconhecimento do Psicólogo e sua capacidade de autorreflexão são fundamentais.

Os Psicólogos temem o julgamento?

Sim! Os Psicólogos podem se preocupar em serem percebidos como:

  • Muito antigos/irrelevantes;
  • Muito jovens/imaturos/
  • Inexperientes profissionalmente/
  • Com pouca escolaridade: “Por que você não tem um PhD?”;
  • Pessoalmente inexperientes;
  • Não são eficaz;
  • Gananciosos pelos valores que cobram;
  • Da classe social “errada”;
  • Muito ou pouco abertos emocionalmente;
  • Fisicamente insalubres;
  • Terem políticas injustas;
  • Ter limites muito flexíveis ou muito rígidos.

Claro, nem todos os Psicólogos têm tais preocupações, mas se eles endossam pelo menos uma das opções anteriores.

Então, se surgirem problemas na terapia, exponha-os ao seu Psicólogo! Se o diálogo resultante dessa discussão for útil e produtivo, a terapia e a relação terapêutica serão fortalecidas.

Caso contrário, buscar um Psicólogo diferente será a melhor opção.

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