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Como sobreviver em um casamento infeliz?

Como sobreviver em um casamento infeliz

Casamento, uma instituição sagrada e um compromisso vitalício, é frequentemente visto como a pedra angular da vida adulta. No entanto, nem todos são contos de fadas com finais felizes.

Alguns, se transformam em relações infelizes, deixando os parceiros sentindo-se presos e desesperados. Dedico este artigo a essas almas corajosas que, por várias razões, escolhem permanecer em um casamento infeliz e estão procurando maneiras de sobreviver e encontrar a paz.

Segundo muito dos meus pacientes, a infelicidade no casamento surge de várias fontes: incompatibilidade, traição, expectativas não atendidas, conflitos não resolvidos, ou simplesmente o desgaste do tempo.

Por outro lado, a resistência em terminá-lo geralmente envolve:

  • Os filhos (o motivo mais comum);
  • Incertezas financeiras;
  • Não querer ficar sozinho;
  • O estigma do divórcio;
  • Não querer começar tudo de novo em outro casamento e/ou;
  • Evitar aborrecimentos;

Independentemente da origem, a dor e o sofrimento que acompanham um casamento infeliz são reais e profundos. No entanto, é importante lembrar que você não está sozinho. Já vi muitos casais passarem por experiências semelhantes e encontrarem maneiras de lidar com a situação.

A primeira coisa a entender é que a infelicidade é uma emoção temporária. Assim como a felicidade, ela vem e vai. Isso não significa que você será infeliz para sempre. Há maneiras de navegar por essa fase difícil e encontrar a luz no fim do túnel.

Por que você se sente infeliz?

Existem quatro emoções primárias: felicidade, tristeza, raiva e medo. Com relação ao seu casamento, você provavelmente está sentindo tristeza. Talvez também um pouco de raiva e medo.

Agora, você precisa entender que as emoções são fontes de informação. Elas são poderosos sinais, uma espécie de notificação pessoal para seu corpo. Nos dizem o que gostamos ou não gostamos e o que é importante para nós.

Leia também:  O que a Psicologia diz sobre o relacionamento rebote?

Se você está se sentindo infeliz no casamento, então, na prática, seu corpo está informando que algo precisa de sua atenção.

Anote as coisas que são importantes e que sente que estão deixando a desejar. Lembre-se de que todas as emoções são importantes e válidas nesse processo. Cada uma deve ser documentada.

Seu parceiro sabe por que você se sente desse jeito?

Os casais geralmente operam com uma crença errônea de que os parceiros sabem o que querem. Porém, se seu parceiro não sabe como você se sente, como ele pode ajudá-lo ou suprir sua necessidade emocional?

Por isso que é vital entender que talvez ele não saiba como você está se sentindo, e mesmo que tenha algum senso disso, certamente não entende seus sentimentos em seu nível mais profundo. É necessário dizer isso à ele.

Prepare-se para uma conversa. Mapeie o que você quer dizer, colocando seus sentimentos em primeiro plano e não o culpe. Uma fórmula simples para iniciar essa conversa é: “Sinto… Minha preocupação é… Como você se sente sobre isso?”

Você sabe como seu parceiro se sente?

Se você está vivendo um casamento infeliz, é provável que seu parceiro também tenha algumas áreas em que gostaria de experimentar mudanças.

Os relacionamentos são adaptativos, e os problemas de relacionamento não são de causa e efeito, mas de natureza circular. O comportamento de cada um puxa e influencia o comportamento do outro.

Normalmente, em caso assim, alguém ou ambos se encontra preso em uma maneira de se relacionar com o parceiro. Em uma escala de 1 a 10, quão satisfeito está seu parceiro e por que ele escolheria esse número?

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A melhor chance de mudança relacional acontece não apenas quando o parceiro entende como você se sente, mas também quando você entende como seu parceiro se sente. A emoção é a música na dança da intimidade adulta. Quando mudamos a música, mudamos a dança.

Em outras palavras, o objetivo é compreender profundamente as emoções uns dos outros e as causas subjacentes.

Reflita sobre seu parceiro e como ele está se sentindo no contexto de seu casamento atual. No que depender de você, construa alguma empatia.

Como você pode mudar a si mesmo?

Considere o que nós, Psicólogos, chamamos de erro fundamental de atribuição. Perdoamos mais a nós mesmos do que os outros. Ter empatia demais conosco mesmo é uma tendência humana.

Opte por se ver como o maior problema do seu relacionamento. Se fizer isso, verá áreas onde pode crescer e mudar.

Anote todas as maneiras pelas quais você pode crescer e mudar. É muito mais provável que seu parceiro responda favoravelmente se você seguir o caminho da humildade e compartilhar proativamente a responsabilidade em seu casamento.

Surpreendentemente, uma das melhores maneiras de influenciar a mudança nos outros é mudar a si mesmo.

Quanto tempo você está disposto a esperar?

Pela minha experiência, todo casamento infeliz chegará a um ponto de ruptura em que uma ou ambas as pessoas estarão cansadas, sem fôlego, e sem energia para se estender em direção ao outro.

Este é um dos lugares mais difíceis de se estar, e requerem coragem para fazer a mais importante das perguntas: “Quanto tempo você está disposto a esperar?” Essa linha de pensamento questiona o que o compromisso significa, e pelo que você é realmente responsável.

Para ajudá-lo a refletir sobre esses tópicos, aqui estão algumas questões esclarecedoras:

  • O que exatamente estou esperando?
  • Qual é o ponto de ruptura para mim no meu casamento?
  • O que estou disposto a fazer neste momento pelo bem do meu casamento?
  • Se eu não posso mudar meu parceiro e fiz mudanças em mim mesmo, o que acontece?
  • Quanto tempo estou disposto a esperar que as coisas sejam diferentes?
  • O que estou disposto a fazer pelo meu casamento para ter certeza de que dei o meu melhor?
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Algumas pessoas esperam anos pela aproximação do parceiro, enquanto outros só podem esperar alguns meses. Mesmo os casamentos mais desfeitos são reparáveis, mas é necessário muito trabalho, e ambos devem estar dispostos.

Um dos fatores mais importantes no reparo relacional é o nível de motivação de ambos os parceiros.

Uma palavra de cautela aqui: não comprometa sua segurança pessoal e saúde mental para “salvar” um casamento infeliz. Existem circunstâncias que exigem ação imediata e ajuda profissional. Quais são seus limites para como você merece ser tratado? O que acontece se seu parceiro desconsiderar ou até mesmo violar esses limites?

Palavras finais

Como acontece com a maioria dos problemas de relacionamento, sugiro 3 etapas que ajudarão a chegar no centro do problema:

  1. Autorreflexão, onde você tenta entender a maneira como se sente;
  2. Um convite amoroso para uma conversa sobre como você se sente e por que;
  3. Uma conversa para discutir o que isso significa para o relacionamento e como seguir em frente.

Se e quando estiver pronto, recomendo que inicie as etapas dois e três com seu parceiro. Convide-o para uma conversa e discuta o relacionamento suavemente, com o objetivo de entender os dois lados da equação.

E, se a qualquer momento você sentir que precisa de terapia de casal, vá em frente. Depois de encontrar um Psicólogo qualificado, seja pessoalmente ou online, entre em contato e agende uma consulta.

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Comentários

9 respostas para “Como sobreviver em um casamento infeliz?”

  1. Palavras muito claras coerentes e objetivas acredito q vai me ajudar a encontrar uma solução de forma mais leve, sutil e menos estressante muito obrigada ótimo artigo explicativo .

  2. Avatar de Gustavo Luiz
    Gustavo Luiz

    Fico grato pelas palavras bem simples e que me abriu um buraco no meu peito que eu estava me sentindo sozinho mesmo casado e cada dia é como foaae morrendo aos poucos mas essas plantas me faz levantar a cabeça e. Seguir em frente. Obrigado

    1. Obrigado à você, também. Sucesso!

  3. Avatar de Suelen
    Suelen

    Muito bom o conteudo…
    Ajudou abrir minha mente..
    Obrigado!

    1. Obrigado à você tbm.

  4. Avatar de Juliana
    Juliana

    Amei o conteúdo vou compartilhar com outras pessoas

    1. Obrigado por compartilhar!

      1. Avatar de Kamilly
        Kamilly

        Muito sensato! Ótimo conteúdo.

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