Sabe aquele ser humano que parece ter feito um pacto vitalício com a reclamação? Que acorda reclamando do despertador, reclama do café, reclama do trânsito, reclama da vida, da morte, e até do que ainda nem aconteceu? Pois é. Se você está lendo este artigo, é bem provável que você conviva com alguém assim.
E o pior: quanto mais você tenta ajudar, mais parece que está jogando gasolina no incêndio emocional da pessoa. Cada conselho vira motivo para uma nova reclamação, e você se vê preso num looping existencial de “não tá bom, nunca tá bom“.
O que você vai aprender lendo este artigo até o fim:
- Por que algumas pessoas reclamam como se fosse profissão de fé;
- Os 4 principais perfis psicológicos de um reclamão de carteirinha;
- Quais as chances reais de um reclamão parar de reclamar algum dia;
- Quando a reclamação vira um estilo de vida… e como isso acontece;
- As vantagens ocultas que a pessoa ganha por reclamar de tudo;
- O custo emocional de cada vantagem obtida com a reclamação.
Mas calma! Antes de você fugir para as montanhas ou bloquear o número da criatura, respira fundo. Nas próximas seções, vamos entender por que essas pessoas são assim e, mais importante ainda, como você pode sobreviver a isso com um mínimo de sanidade mental (e quem sabe até com algumas boas risadas no caminho).
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Por que algumas pessoas reclamam tanto?
Antes de sair por aí distribuindo bloqueios emocionais e desejando uma mudança de CEP para o reclamão da sua vida, vale a pena entender: por que raios tem gente que parece ter feito um pacto de sangue com a lamúria?
Psicologicamente falando, a reclamação funciona como uma válvula de escape para frustração, ansiedade ou até uma forma torta de pedir ajuda e atenção. Muitas vezes, elas aprenderam (ainda na infância ou em ambientes tóxicos) que reclamar era a maneira mais eficiente de serem ouvidas.
Outras desenvolveram o hábito como um vício emocional: o cérebro se acostuma com o ciclo de estresse e recompensa, onde cada queixa traz uma descarga de adrenalina e cortisol, uma combinação hormonal que, acredite, pode viciar tanto quanto açúcar.
Tem também quem use a reclamação como identidade social: ser o sofredor oficial do grupo dá a elas um protagonismo estranho, mas real. Resumindo: o reclamão não é só chato… ele é, na maioria das vezes, um produto de padrões emocionais mal processados e reforçados ao longo do tempo.
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Aqui vai o top 4 dos motivos psicológicos clássicos de quem só sabe reclamar:
- O “vítima master”
Essas pessoas têm um talento quase artístico para se colocar no papel de coitadas. Tudo é injusto, tudo é pesado, tudo é contra elas. Se chover: drama. Se fizer sol: reclamação por calor. Elas respiram o ar da vitimização como se fosse oxigênio puro. - O “carente profissional”
Sabe aquele amigo que só consegue atenção quando está mal? Pois é. Reclamar virou a moeda de troca emocional. Elas descobriram que quanto mais sofrimento relatado, mais olhares, abraços e mensagens de “força, guerreiro(a)”. - O “historiador da desgraça”
Tem memória de elefante… mas só para os infortúnios da vida. Lembra da fila que pegou no banco em 2008? Pois é, ainda é tema de conversa. Guarda cada contratempo como se fosse um troféu. - O “viciado em drama”
Aqui é questão de química cerebral. A pessoa está tão acostumada ao ciclo reclamação-estresse que o corpo sente falta quando as coisas estão calmas. Paz? Ela estranha.
Quando ela vai parar de reclamar de tudo?
Se você está esperando o glorioso dia em que o reclamão da sua vida vai acordar, olhar para o céu e dizer: “Hoje, decidi ser grato pela existência!“, pode ir se acomodando… porque talvez esse dia demore mais que o próximo eclipse solar.
A verdade é que reclamar vira um estilo de vida, um modo automático de funcionamento mental. E mudar isso exige o que? Consciência + Esforço + Tempo… três coisas que, ironicamente, o reclamão evita com a mesma intensidade que evita positividade.
Pra te ajudar a entender melhor:
Situação | Chance de mudança |
---|---|
Reclama de tudo, mas ouve quando você chama pra conversar | Alta (se houver disposição emocional do outro) |
Reclama, se faz de vítima e nunca aceita sugestões | Baixa (precisaria de um milagre ou terapia intensa) |
Reclama, mas já demonstrou algum senso de humor sobre isso | Moderada (existe uma fagulha de autopercepção) |
Reclama, corta qualquer conversa com “não tem jeito mesmo” | Quase nula (nível mestre da reclamação crônica) |
Reclama e já virou um personagem cômico da família | Variável (depende se a família vai intervir ou só rir disso) |
Ou seja: não crie expectativas hollywoodianas. As pessoas até podem mudar… mas só se quiserem. E até lá, o que você pode fazer é cuidar da sua própria saúde emocional.
Existe alguma vantagem oculta em reclamar de tudo?
Pode parecer absurdo, mas sim: por trás de todo aquele tsunami de lamúrias, muitas vezes existe uma boa dose de vantagem emocional… mesmo que inconsciente. Reclamar pode ser uma forma camuflada de obter o que se quer, seja atenção, validação ou até isenção de responsabilidades.
Pra facilitar sua vida (e sua paciência), aqui vai a tabela da barganha emocional oculta:
Vantagem | Custo emocional |
---|---|
Ganhar atenção instantânea (Todo mundo para pra ouvir o drama) | Relacionamentos drenados, amigos que começam a evitar contato |
Justificar a inércia (“Se tudo está ruim, por que tentar?“) | Perda de oportunidades, sensação crônica de estagnação |
Receber conforto e apoio emocional (afinal, coitado, né?) | Cria dependência emocional e vitimização crônica |
Evitar cobranças (“Não dá pra esperar nada de mim, olha como o mundo é cruel!“) | Afasta as pessoas e reforça o ciclo de negatividade |
Ou seja: reclamar é como comer um pacote gigante de salgadinho. Na hora parece uma ótima ideia… mas depois vem o arrependimento, o mal-estar e a pergunta existencial: “Por que eu fiz isso de novo?“.
A grande questão é: o ganho momentâneo vale o desgaste a longo prazo? Para o reclamão, muitas vezes sim. Para quem convive… nem tanto.
Perguntas frequentes
- Por que algumas pessoas só sabem reclamar da vida?
Porque virou hábito, quase um esporte olímpico emocional. Além disso, reclamar dá atenção… e o cérebro adora isso. - Reclamar demais pode virar doença?
Não chega a ter um CID só pra isso, mas pode ser sintoma de transtornos como depressão, transtorno de ansiedade ou burnout. - Dá pra ajudar alguém a reclamar menos?
Dá… se a pessoa quiser. Caso contrário, você só vai gastar saliva (e paciência). - Existe terapia para reclamões?
- Sim! Especialmente as abordagens cognitivo-comportamentais, ajudam a mudar padrões de pensamento negativo.
- O que fazer quando a pessoa não aceita nenhum conselho?
Pratique o método milenar do ouvir com o ouvido desligado e coloque limites emocionais. - Reclamar faz mal pra saúde?
Sim! Estudos mostram que aumenta o cortisol, o hormônio do estresse. Ou seja: além de chato, faz mal. - E se o reclamão for alguém da família?
Respire fundo. Estabeleça limites. E se precisar… aumente as visitas ao parque. - Vale a pena confrontar a pessoa?
Depende. Se for de forma cuidadosa e empática, pode funcionar. Mas prepare-se para uma reação… bem, reclamona. - Existe algum lado positivo em reclamar?
Reclamar com consciência (em doses homeopáticas) pode até ajudar a aliviar tensões. O problema é o excesso crônico. - E se o reclamão for… eu?
Parabéns! O primeiro passo é reconhecer. O segundo: procurar ajuda e mudar o script mental.
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