Mulher com fones de ouvido agitando a cabeça em um fundo totalmente amarelo

Por que é tão difícil ser feliz?

Ser feliz é assim tão complicado? Que aspectos subjacentes existem na nossa dificuldade em sermos felizes? E o que podemos fazer a respeito?

Por que é tão difícil ser feliz? Uma das peculiaridades da raça humana é o quão difícil é para nós sermos felizes.

Apesar de todos os lembretes que nos imploram para viver e aproveitar ao máximo cada momento, às vezes é tão difícil fazer isso por nos encontrarmos lutando pela sobrevivência dia após dia.

Quando você soma todas as pessoas afetadas por depressão, ansiedade, estresse, traumas, doença física, tristeza, suicídio, vício e baixa autoestima, percebemos que não estamos sozinhos.

Torna-se difícil imaginar alguém que não seja afetado por nenhum desses sofrimentos. É quase como se sofrimento fosse sinônimo de ser humano.

Por que nós, humanos, parecemos tão sujeitos ao sofrimento? Quando olhamos para o resto do reino animal, essa angústia e dor de cabeça não são tão evidentes.

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Você não vê leões agonizando por causa do rompimento de relacionamentos de três anos atrás. Ou zebras ruminando sobre escolhas ruins relacionadas a carreira profissional. Esses tipos de atividades são reservados para nós, humanos.

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Como isso aconteceu? Bem, existem algumas características especiais da raça humana, a primeira das quais é o grau de cooperação. Deixando de lado as abelhas, cupins e formigas, outros animais não cooperam nem de perto na mesma quantidade que os humanos.

À medida que nossas sociedades foram se construindo ao longo dos milênios, a cooperação nos permitiu realizar alguns feitos incríveis, incluindo o desenvolvimento da medicina, sistemas de educação e tecnologia.

É claro que nossa cooperação também nos permitiu praticar uma crueldade feroz e sem precedentes contra outros da nossa espécie.

O principal impulsionador de nossa cooperação é a capacidade de nos comunicarmos por meio da linguagem. Isso conferiu uma grande vantagem para uma espécie relativamente deficiente em ter uma pele grossa, chifres e garras para autodefesa.

A linguagem nos permitiu aprender rapidamente, transmitir nosso aprendizado de geração a geração e continuar a desenvolver esse aprendizado a cada geração. Não há necessidade de largar nossos filhos no meio de um trânsito pesado, esperar que sobrevivam e aprendam com a experiência.

Podemos dar aos nossos filhos instruções como “não brinque em uma rua movimentada, é perigoso”.

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O lado negro dessa habilidade fenomenal é que agora podemos ficar com medo de coisas que nunca encontramos antes. Lembra do seu primeiro encontro?

Você estava super calmo e relaxado? Está confiante em sua capacidade de se envolver em réplicas charmosas e espirituosas? Provavelmente não. Sua mente provavelmente estava alertando sobre todas as maneiras pelas quais isso poderia dar errado.

Mesmo que você nunca tenha estado em um encontro e não tenha nenhuma experiência real para basear essas previsões, sua mente ainda fica super vigilante. Por que fazemos isso, especialmente quando nos traz tanta infelicidade?

Para responder a isso, vale lembrar que a maioria de nós carrega consigo alguma versão da história do “Não sou bom o suficiente”. Temos medo de não estar à altura e de alguma forma não sermos aceitáveis ​​ou agradáveis.

Isso ocorre porque temos um desejo arraigado de pertencer e fazer parte do grupo. Como resultado, estamos muito naturalmente sintonizados com qualquer ameaça à isso.

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Isso ocorreu em grande parte devido ao fato de nossos ancestrais estarem constantemente preocupados em não serem expulsos da tribo, ou isso seria morte certa.

Portanto, evoluímos para sermos preocupados, ruminadores e detectores de ameaças. Seu cérebro foi projetado para mantê-lo vivo, e ele não dá a mínima para a sua felicidade.

Então, o que fazemos sobre isso? Seria fácil pensar que a solução para histórias como “Não sou bom o suficiente” seria substituí-la por “Sou incrível!” Mas há boas razões para suspeitar de tal abordagem. Tais afirmações positivas funcionam, na melhor das hipóteses, apenas a curto prazo.

Essa compreensão talvez sirva como um gentil lembrete para não brigarmos com a autocrítica e os julgamento severos. Isso nos abre a possibilidade de ternura e gentileza até para com as partes mais difíceis de nós mesmos.

A vida é difícil, e na verdade é mesmo. Às vezes ela está repleta de ansiedade, incerteza, solidão e tristeza. Um reconhecimento profundo disso nos permite parar de lutar para ser algo que não somos. Podemos simplesmente chegar e ser.

Bem-vindo a raça humana.

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