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Como é viver com um parceiro que tem transtorno bipolar?

Uma mulher acertando o queixo de um homem com uma luva de boxe.

Há muita confusão sobre o que é o transtorno bipolar. Uma pessoa leiga tem pouca ideia da gravidade da condição e, se é seu parceiro que tem o transtorno bipolar, sua família e amigos também não terão a compreensão real do que você está passando.

Por causa disso, e por causa do estigma há muito associado à doença mental, ser o parceiro de alguém que tem transtorno bipolar é um lugar extremamente solitário. Lidar com as mudanças de humor, manias e depressão é incrivelmente difícil. Embora as pessoas geralmente pensem no transtorno bipolar em termos de “altos” e “baixos”, há uma série de outros sintomas e que, como parceiro, você é responsável por ajudá-los.

Lidando com a fase de mania

As fases de mania incluem pensamentos acelerados, padrões de fala rápida, sentimentos de grandiosidade e delusão, seguido por comportamentos de risco, incluindo escolhas financeiras, sexuais e autodestrutivas.

Ser alvo desse tipo de comportamento, como parceiro, é extremamente difícil. Quando seu parceiro está em um estágio hiperativo, ele não apenas se envolve em coisas que são prejudiciais para você e sua família, mas também é incapaz de se envolver com você da mesma maneira que normalmente faria. Tentar explicar qualquer coisa para alguém em uma fase maníaca é quase impossível, pois ele não é mais ele mesmo.

Você está precisando de ajuda?

Com mais de 12 anos de experiência, já ajudei mais de 5000 pessoas a superarem algum tipo de sofrimento emocional.

Lidando com a fase depressiva

Cuidar de alguém com depressão severa é extremamente difícil. Pode ser que seu parceiro esteja muito doente para sair da cama, o que significa que você tem que cuidar dele e também de suas próprias responsabilidades.

A depressão faz com que as pessoas se desliguem e se retraiam em si mesmas. Se você já tem problemas com abandono emocional, essa condição só vai intensificar os seus sentimentos de rejeição e abandono. Tal como acontece com a fase de mania, seu parceiro pode recuar tanto que você ficará emocionalmente desolado.

Lidando com a ameaça de suicídio

Viver com um parceiro que já tentou suicídio anteriormente e sabendo que a tentativa pode acontecer novamente, é assustador. Haverá momentos em que você volta para casa sem saber o que pode encontrar. Superar a tentativa anterior de suicídio de um parceiro envolve lidar com uma experiência profundamente traumática para a qual se recebe pouca ajuda ou apoio.

Ser vítima da raiva e da frustração

Além dos altos e baixos, as mudanças de humor do bipolar inclui raiva e irritação extremas. Você acaba vivendo com um parceiro que tem um pavio muito curto, e pisa em ovos para evitar perturbá-lo.

Isso é particularmente difícil se houver crianças em casa. A raiva de seu parceiro pode ser manifestar em termos de agressão física; se este for o caso, você deve procurar ajuda para si mesmo.

Episódios psicóticos

Muitas pessoas nunca experimentarão um episódio psicótico, seja em si mesmas ou em alguém próximo. Quando você estiver na presença de um psicótico, será profundamente perturbador. A psicose envolve mudanças na mente que convencem a pessoa que a experimenta de que certas coisas são reais.

Por exemplo, eles podem ouvir ou ver coisas que não existem, e podem desenvolver ideias e crenças que não refletem a realidade, e são delirantes por natureza.

Resistência em aderir à medicação

Existem várias opções eficazes de medicação para o transtorno bipolar, mas a não adesão à medicação é comum. Existem várias razões para isso, incluindo o fato de que pode demorar um pouco para descobrir um medicamento eficaz, os efeitos colaterais de alguns tratamentos, a natureza do próprio transtorno bipolar.

Algumas pessoas bipolares procuram se automedicar, usando álcool ou drogas ilegais, e viver com alguém que usa substâncias. Isso é um lugar profundamente perturbador para se estar.

Embora seu parceiro possa ser amoroso, solidário e gentil, todos os itens anteriores colocam uma pressão considerável em você e no relacionamento. É importante colocar em prática estratégias de enfrentamento que apoiem você, assim como seu parceiro.

Reconheça suas necessidades

É fácil perder o senso de suas próprias necessidades quando se é o parceiro de alguém que tem um problema grave de saúde mental. Você pode se sentir mal por estar chateado e deprimido, e se comparar ao parceiro.

Embora possa ser verdade que você não sofre da gravidade dos sintomas experimentados pelo parceiro, você ainda pode reconhecer sua própria ansiedade, depressão ou qualquer outra dificuldade emocional que esteja enfrentando.

Cuide-se

Viver com um parceiro que tem transtorno bipolar causa muito estresse, por conta das exigências de demandas que você nem sabia que existiam. Se estiver lidando com isso sozinho, é vital que cuide de si mesmo.

Se você colocar todas as suas energias em outra pessoa, ficará exausto e doente. Você precisa de um tempo longe de seu parceiro bipolar para se concentrar em coisas que fazem se sentir bem, desde exercícios até socializar com os amigos.

É necessário reconhecer quando seus níveis de estresse estão altos, e garantir que tenha descanso e espaço suficientes para buscar o autocuidado de que precisa.

Crie uma rede de apoio

Nem todo mundo quer saber a respeito de doenças mentais, pois isso está além da compreensão. Se o seu parceiro é a única pessoa próxima de você, quando ele se torna hiperativo, deprimido, suicida, ou psicótico, você fica totalmente sozinho e lidando com uma situação quase impossível.

É vital para o seu próprio bem-estar emocional ter outras pessoas que lhe forneçam apoio. Viver com um parceiro que tem transtorno bipolar é como viver em uma panela de pressão, e é necessário alguma forma de aliviar essa pressão.

Fale abertamente com aqueles que se preocupam com você. Existem grupos de apoio que fornecem suporte para parceiros e suas famílias.

Mantenha-se sempre em segurança

Alguns dos comportamentos associados ao transtorno bipolar, incluindo comportamento sexual de risco, episódios psicóticos e explosões violentas, vão colocá-lo em uma posição de perigo. Não importa o quão responsável você se sinta pelo bem-estar de seu parceiro e quão compreensivo você seja, você deve se manter seguro.

Se você sentir que está em uma posição de perigo, tome todas as medidas necessárias para se proteger. Isso deve ser sua prioridade.

Defina limites

É mais do que compreensível que as pessoas possam se automedicar e/ou tenham dificuldade em aderir aos regimes de tratamento. No entanto, se você e seu parceiro vão ter um relacionamento que respeite as necessidades de ambos, precisam ter limites sobre o que é e o que não é aceitável.

Você está precisando de ajuda?

Com mais de 12 anos de experiência, já ajudei mais de 5000 pessoas a superarem algum tipo de sofrimento emocional.

Definam isso juntos. Você precisa criar um limite em relação ao consumo de álcool, não adesão à medicação e outras coisas que exacerbam a condição.

Elabore um plano do que funciona

Os sintomas bipolares são desencadeados por estresse, cansaço e outros fatores. É importante sentar-se com seu parceiro quando ele estiver se sentindo bem e identificar os gatilhos. Que medidas práticas vocês podem tomar juntos para ajudar a reduzir a possibilidade de gatilhos e lidar com os sintomas quando eles aparecerem?

O transtorno bipolar não é uma condição que possa ser curada, mas pode ser bem controlada. É possível que as pessoas tenham relacionamentos bem-sucedidos quando são honestas sobre suas próprias necessidades e fazem o esforço necessário.


Comentários

Uma resposta para “Como é viver com um parceiro que tem transtorno bipolar?”

  1. Avatar de Marcela
    Marcela

    Estamos casados há 10 anos e somente agora meu marido recebeu o diagnóstico de transtorno bipolar. o mais sofrido em viver com uma pessoa com esse transtorno é como ele pode passar de alguém extremamente carinhoso e amoroso para alguém frio, apático e distante. No meu caso ainda preciso lidar com a família, porque toda vez que ele entra em uma crise ele foge para a casa da mãe em outro estado. E chega lá aparentando total normalidade (só eu sei que ele está em fase da mania). E a família não acredita no diagnóstico e acha que eu sou a louca, exagerada, que não aceita o fim do relacionamento. Ele diz coisas horríveis, beirando a crueldade. E 2 meses depois me procura pedindo pra voltar pra casa. Já sofri mto (sofro ainda), mas pelo menos agora eu já tenho consciência de quando é a doença falando. Mas muitas vezes me pergunto se ele tem de fato a capacidade de amar sendo bipolar.

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