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Por que os narcisistas têm casos e traem os cônjuges?

O narcisista infiel se envolve em muitos casos extraconjugais por uma série de razões, principalmente por causa do suprimento narcísico.


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Os narcisistas traem seus cônjuges, cometem adultério, têm casos e ligações extraconjugais por uma variedade de razões que refletem processos psicodinâmicos díspares.

O processo psicodinâmico permite a traição

  1. Na busca por suprimento, o narcisista recorre a conquistas sexuais em série;
  2. O narcisista têm um baixo limiar e baixa tolerância ao tédio. Os flertes sexuais aliviam esse incômodo;
  3. O narcisista tem apenas um ponto de estabilidade na vida, e todas as outras dimensões de sua existência são caóticas, instáveis ​​e imprevisíveis. Por isso um narcisista pode ser um funcionário modelo e seguir uma carreira por décadas, mesmo quando trai a esposa e desperdiça suas economias;
  4. O narcisista se sente superior, importante e, portanto, têm o direito de se envolver em comportamentos desaprovados e considerados socialmente inaceitáveis​. Ele rejeita e se ressente veementemente de todas as limitações e condições impostas por seu parceiro. Ele age conforme seus impulsos e restrições sociais;
  5. Casamento, monogamia, geração e criação de filhos são atividades comuns que caracterizam uma pessoa comum. O narcisista sente sua singularidade roubada por essas atividades, coagido a um relacionamento e a papéis (como marido e pai) que o reduzem ao menor dos denominadores comuns. Essa lesão narcisista o leva a se rebelar, reafirmar sua superioridade e especialidade mantendo casos extraconjugais;
  6. O narcisistas é maníaco por controle. Ter um relacionamento implica em uma série de compromissos que ele interpreta agudamente como send uma perda de controle sobre sua própria vida;
  7. O narcisista têm pavor de intimidade. Seu comportamento é melhor caracterizado como um complexo de repetição de abordagem e evitação. O adultério é uma excelente ferramenta na tentativa de retardar a intimidade e recorrer a um modo de interação menos ameaçador.

Narcisistas somáticos e cerebrais

De um modo geral, existem dois tipos de narcisistas:

  • Narcisista somático;
  • Narcisista cerebral.

O narcisista é um misógino. Ele despreza as mulheres, as odeia e as teme. Procura atormentá-las e frustrá-las, seja rebaixando-as sexualmente ou negando sexo à ela).

Também abrigam sentimentos ambíguos em relação ao ato sexual.

O narcisista somático, cerebral e o sexo

Narcisista somático

Usa o sexo para “conquistar” e “garantir” novas fontes de suprimento. Consequentemente, ele raramente se envolve emocionalmente com seus “alvos”.

O seu ato é mecânico, desprovido de intimidade e compromisso.

Narcisista cerebral

Sente que o sexo é humilhante e degradante. Agir de acordo com o impulso sexual é um impulso primitivo, básico e comum.

Ele se convence de que está acima de tudo isso, dotado de uma inteligência superior e de um autocontrole sobrehumano.

Ambos

Ainda assim, o sexo para ambos os tipos de narcisistas é um instrumento projetado para aumentar o número de fontes de suprimento.

Então, quando ambos não conseguem obter adoração, admiração, aprovação, aplauso ou qualquer outro tipo de atenção por outros meios (por exemplo, intelectualmente), recorrem ao sexo.

O começo

Assim, então, ele se torna um sátiro (ou ninfomaníaco): faz sexo indiscriminadamente com múltiplos parceiros e os trata como objetos.

É por meio dos processos de sedução e conquista bem-sucedidos que obtém a “solução” narcísica tão necessária.

É provável que ele aperfeiçoe suas técnicas de namoro e considere suas façanhas sexuais uma forma de arte.

Ele costuma expor esse lado detalhadamente para os outros, para uma audiência, esperando ganhar aprovação e admiração.

A necessidade de conquista

Como o suprimento narcisista está no próprio ato de conquista e subordinação, então ele se vê forçado a pular de um parceiro para outro.

Alguns narcisistas preferem situações “complicadas”, virgens, mulheres casadas, frígidas ou lésbicas, etc.

Quanto mais “difícil” o alvo, mais recompensador é o resultado.

A razão para o seu comportamento

Ainda que o narcisista seja casado, ele não considera seus casos extraconjugais imorais ou uma violação de qualquer contrato explícito ou implícito entre ele e sua esposa.

Ele continua explicando a quem quiser ouvir que seus outros parceiros sexuais não são nada para ele, sem sentido, que ele está apenas se aproveitando deles e que eles não constituem uma ameaça e não devem ser levados a sério.

Com exceção das mulheres significativas em sua vida, ele tende a ver todas as mulheres sob uma perspectiva ruim.

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Em sua mente existe uma clara separação entre uma “mulher honesta de sua vida” e as prostitutas com quem ele está transando.

Seu comportamento, portanto, atinge um duplo propósito: garantir o suprimento narcísico, por um lado, e reencenar antigos conflitos e traumas não resolvidos por outro.

Reação ao abandono

Quando inevitavelmente abandonado por sua esposa, ele fica verdadeiramente chocado e magoado. Esse é o tipo de crise que vai levá-lo à terapia.

Ainda assim, no fundo, ele se sente compelido a continuar seguindo exatamente o mesmo caminho.

Mas antes, ele terá crises de hiperatividade sexual nas quais troca de parceiros sexuais e tende a considerá-los objetos.

Isso surge, principalmente, após grandes traumas e crises narcísicas.

O sexo é útil e uma grande fonte do tipo certo de suprimento: é imediato, os parceiros são intercambiáveis, a solução é abrangent, natural, altamente carregada, aventureira e prazerosa.

Assim, após uma crise, é provável que ele se envolva profundamente em atividades sexuais, com muita frequência e quase excluindo todos os outros assuntos.

Mas o abandono experimentado é catártico e purificador.

Após um período de profunda depressão e ideação suicida, o narcisista se sentirá limpo, revigorado, livre, pronto para a próxima rodada de caça.

Recuperação e afastamento

À medida que as memórias da crise desaparecem, que as feridas cicatrizam, que o ciclo recomeça e o equilíbrio é restaurado, o narcisista revelará suas verdadeiras cores.

Ele perde abruptamente o interesse pelo sexo e por todos os seus parceiros.

A frequência de suas atividades sexuais se deteriora de algumas vezes por dia para algumas vezes por ano. Volta-se para atividades intelectuais, esportes, política, atividades voluntárias. Tudo, menos sexo.

Ele fica completamente imerso em “grandes projetos”, planos para toda a vida, uma visão ou uma causa, tudo muito gratificante narcisicamente.

Em tais circunstâncias, o sexo inevitavelmente se torna apenas uma obrigação, uma necessidade ou uma tarefa de manutenção realizada com relutância para preservar suas fontes de suprimento.

Frustrado, o narcisista minimiza todo tipo de relação com seu círculo próximo (cônjuge, filhos, pais, irmãos, amigos muito íntimos).

Ele se limita às trocas de informações mais cruas e se isola socialmente.

A reclusão o protege contra mágoas futuras, e evita a intimidade que tanto teme. Mas, novamente, dessa forma também perpetua o sentimento de abandono e a repetição de conflitos não resolvidos.

Por fim, ele é deixado sozinho por todos e o ciclo recomeça.

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