Namorar uma pessoa com borderline, ou transtorno de personalidade borderline, é como uma montanha-russa, com seus altos e baixos entre ser amado e elogiado à abandonado e aniquilado.
Contudo, ser borderline não é nada divertido.
O borderline vive com dores psíquicas insuportáveis na maior parte do tempo e, em casos graves, na fronteira entre a realidade e a psicose.
A doença distorce suas percepções, causando comportamentos antagônicos e tornando o mundo um lugar perigoso.
Você está precisando de ajuda?
Com mais de 12 anos de experiência, já ajudei mais de 5000 pessoas a superarem algum tipo de sofrimento emocional.
A dor e o terror do abandono, ou de se sentir indesejado, são tão grandes que o suicídio parece uma escolha melhor.
Se você gosta de drama, emoção e intensidade, aproveite o passeio, porque as coisas nunca serão calmas.
Após um início apaixonado, namorar um borderline incluirá acusações e raiva, ciúme, bullying, controle e separações devido à sua insegurança.
Para o borderline, as coisas são 8 ou 80. Ele oscila dramaticamente entre idealizá-lo e desvalorizá-lo, com mudanças repentinas e esporadicamentes ao longo do dia. Nunca se sabe o que esperar.
A ambiguidade em se namorar uma pessoa com borderline
A intensidade e instabilidade emocional do borderline te elevarão quando ele estiver de bom humor, e o esmagarão quando não estiver.
Ele é vingativo e vai puni-lo com palavras, silêncio ou outras manipulações, que serão muito destrutivas para sua autoestima.
Ao contrário do transtorno bipolar, seu humor muda rapidamente, sem que seja um desvio de seu estado normal. O que você vê é a norma dele.
Suas emoções, comportamento e relacionamentos instáveis, incluindo histórico de trabalho, refletem uma autoimagem frágil e baseada na vergonha.
Isso geralmente é marcado por mudanças repentinas.
É pior quando está sozinho. Portanto, ele depende de outra pessoa e frequentemente busca conselho de várias pessoas sobre a mesma questão, no mesmo dia.
Ele está desesperado para ser amado e cuidado, mas é hipervigilante para qualquer sinal real ou imaginário de rejeição ou abandono.
Para ele, a confiança é sempre um problema, muitas vezes levando a distorções da realidade e paranóia. Você é visto como a favor ou contra, mas deve sempre ficar do lado dele.
Se você quer namorar uma pessoa com borderline, então não se atreva a defender um inimigo, tentar justificar ou explicar qualquer ofensa que ele alega ter sofrido.
Ele vai atraí-lo para a raiva e, em seguida, acusá-lo falsamente de rejeição, fazendo-o duvidar da realidade e de sua sanidade, ou até mesmo fazer uma lavagem cerebral como manipulação emocional.
Não é incomum que corte amigos e parentes que sente que os traíu.
Ele reage a seus medos profundos de abandono com comportamento carente e pegajoso, ou raiva e fúria, refletindo a própria realidade distorcida e a autoimagem.
Por outro lado, ele igualmente teme a fusão romântica que tenta criar, porque têm medo de ser dominado ou engolido por muita intimidade.
Em um relacionamento íntimo, ele caminha na corda bamba para equilibrar o medo de estar sozinho e de estar perto demais. Para fazer isso, ele tenta controlar com manipulação, incluindo lisonja e sedução.
Postagens relacionadas
-
-> Os melhores benefícios em se consultar com um Psicólogo homem
-
-> O sincero depoimento de quem namorou com uma borderline
-
-> O que fazer quando você se sentir inseguro no relacionamento?
-
-> Bloquear os outros online é uma forma de autocuidado
-
-> Razões pela qual um Psicólogo não quer atender um novo paciente
Enquanto o narcisista gosta de ser compreendido, muita compreensão assusta o borderline.
Namorar uma pessoa com borderline e a codependência
Geralmente, o borderline é codependente e busca outro codependente para se fundir e ajudá-lo. Ele procura alguém que forneça estabilidade e equilibre suas emoções mutáveis.
A pessoa borderline tenta parecer o líder do relacionamento, enquanto o outro é o oprimido. Na verdade, ambos são codependentes e é difícil para qualquer um deles sair.
Cada um dos dois exerce um controle de maneiras diferentes.
Um codependente que também anseia por amor e teme o abandono se torna o zelador perfeito para alguém com borderline. O codependente é facilmente seduzido e levado pelo romance com ele.
A paixão e as emoções intensas animam a pessoa que namora um borderline, que acha que ficar sozinho é deprimente, ou considera entediante as pessoas saudáveis.
O codependente já têm baixa autoestima e limites ruins, então ele acalma, acomoda e pede desculpas quando atacado, a fim de manter a conexão emocional no relacionamento.
Nesse processo, ele cede cada vez mais controle ao borderline, selando ainda mais sua baixa autoestima e a codependência do casal.
Definir limites é essencial
As fronteiras precisam de limites. Definir um limite tira o borderline de seu pensamento delirante.
Mas, definir limites requer que você:
- Construa a autoestima do borderline;
- Aprenda a ser assertivo e;
- Obtenha apoio emocional externo.
Ceder a ele e dar-lhe controle não o fará se sentir mais seguro, mas o contrário.
Características comportamentais de um borderline
O transtorno de personalidade borderline afeta mais mulheres do que homens, e cerca de 2% da população. Ele geralmente é diagnosticado na idade adulta jovem, quando há um padrão de impulsividade e instabilidade nos relacionamentos, na autoimagem e nas emoções.
O borderline pode usar álcool, drogas ou ter outro vício para tentar amenizar sua dor, mas isso só a exacerba.
Como todos os transtornos de personalidade, o borderline existe em um espectro, de leve a grave. Algumas características incluem:
- Esforços frenéticos para evitar o abandono real ou imaginário;
- Relações pessoais instáveis e intensas, marcadas pela alternância de idealização e desvalorização;
- Senso de identidade persistentemente instável;
- Impulsividade arriscada e potencialmente autodestrutiva, como abuso de substâncias, comportamento imprudente, sexo, gastos, etc;
- Auto-mutilação recorrente, ou ameaças de comportamento suicida;
- Mudanças de humor, por exemplo, depressão, irritação ou ansiedade não durando mais do que alguns dias;
- Sentimentos crônicos de vazio;
- Irritação ou raiva frequente, intensa e inadequada;
- Pensamentos paranóicos transitórios relacionados ao estresse ou sintomas dissociativos graves.
A causa do transtorno de personalidade borderline não é claramente conhecida, mas frequentemente tem ocorrido negligência, abandono ou abuso na infância, e possivelmente fatores genéticos.
Pessoas que têm um parente de primeiro grau com borderline são cinco vezes mais propensas a desenvolvê-la.
Tratamento do transtorno de personalidade borderline
Ao contrário do narcisista, que muitas vezes evita a terapia, o borderline geralmente a acolhe; no entanto, antes das recentes inovações no tratamento, sua eficácia era questionada.
Hoje, o transtorno de personalidade borderline não é mais uma sentença de prisão perpétua. Elas podem se recuperar por conta própria, onde algumas melhoram com a terapia e outras precisam de hospitalização.
O tratamento de longo prazo é necessário para melhores resultados, com remissão substancial após 10 anos. O uso de medicamentos, terapia e algumas outras modalidades têm se mostrado úteis.
Você está precisando de ajuda?
Com mais de 12 anos de experiência, já ajudei mais de 5000 pessoas a superarem algum tipo de sofrimento emocional.
A maioria dos indivíduos com borderline tem outro diagnóstico concomitante, como dependência ou depressão.
Os sintomas agudos diminuem mais prontamente do que os emocionais, como raiva, solidão e problemas de abandono ou dependência.
Para quem quer namorar uma pessoa com borderline, também é importante buscar terapia para aumentar sua autoestima, aprender a ser assertivo e estabelecer limites.
Últimas postagens do mesmo autor
Deixe um comentário