A dor emocional que um coração partido evoca é excruciante. Nada mais importa, ninguém mais importa. Mal podemos funcionar, pensar ou nos mover. Nos sentimos afastados de todos e sozinhos em uma névoa de irrealidade, presos em nosso mundo despedaçado.
Tudo o que podemos ver é a pessoa que partiu nosso coração, e tudo o que podemos sentir é uma dor terrível.
O que mais queremos é que a dor diminua, que pare de doer tanto, mas não é isso que nossa mente quer.
Quando estamos com o coração partido, nossa mente tem objetivos muito diferente dos nossos. Como resultado, acaba nos enganando e piorando as coisas. Se queremos parar de sofrer e seguir em frente, precisamos saber quando NÃO confiar no que nossa mente nos diz.
Para parar de doer:
- Precisamos aceitar a realidade do rompimento e fazer esforços para seguir em frente;
- Precisamos reduzir a quantidade de tempo que passamos pensando na pessoa que partiu nosso coração e;
- Precisamos diminuir sua presença em nossos pensamentos e em nossas vidas.
Nossa mente quer fazer o oposto. Nossa mente quer que pensemos na pessoa o tempo todo, seguremos a dor e nunca esqueçamos quem e o que a causou. Ela quer isso porque está tentando nos “proteger” da maneira que normalmente faz.
Se algo nos causa dor, como um fogão quente, o trabalho da nossa mente é nos lembrar de não tocar naquele fogão quente novamente, para ter certeza de que nos lembramos de como foi doloroso a primeira vez.
Quanto mais dolorosa a experiência, mais nossa mente trabalhará para garantir que não a esqueçamos, para que nunca mais cometamos esse “erro”. Dado o quão doloroso é o desgosto, nossa mente fará tudo o que puder para manter essa dor fresca em nossos pensamentos.
Aqui estão 5 maneiras que a mente usa para nos enganar:
- Nosso ex era o melhor e o único. Nossa mente tentará nos lembrar das melhores qualidades do nosso ex. As melhores imagens dele aparecerão em nossa cabeça espontaneamente. No entanto, esse retrato desequilibrado, irrealista e idealizado da pessoa que partiu nosso coração só piora a dor que sentimos;
- O relacionamento nos deixava feliz o tempo todo. Não, não é verdade; nenhum relacionamento nos deixa feliz o tempo todo. Houve muitos momentos frustrantes, irritantes ou dolorosos, e devemos lembrar deles também;
- Se enviarmos mensagens de texto ou contatá-los, nos sentiremos melhor. O desejo de enviar uma mensagem, fazer um telefone ou mandar um e-mail será muito forte. Mas fazer essas coisas só nos fará sentir mais desesperados e necessitados, prejudicando nossa auto-estima;
- Falar sobre o término com todos os nossos amigos aliviará nossa dor. Não, não vai. Falar sobre eventos emocionalmente dolorosos é natural e até útil, se fizermos isso na forma de resolução de problemas, ou se o fizermos para obter validação emocional. Apenas ficar relembrando os mesmos detalhes repetidamente só fará nos sentir pior;
- Precisamos saber exatamente por que ocorreu o rompimento. Ter uma compreensão clara de por que ocorreu uma separação nos deixando com o coração partido pode ser útil. No entanto, poucos de nós conseguiremos uma explicação clara e honesta para essas coisas. Tentar entrar na cabeça do nosso ex para entender por que as coisas não deram certo é infrutífero. Melhor se contentar com “ele não estava apaixonado o suficiente” ou “nós não éramos o par certo”.
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