Seu relacionamento não está indo bem. Talvez vocês discutam o tempo todo, seu cônjuge trabalha demais, vocês não têm tempo suficiente como casal, não fazem sexo o suficiente, tem problemas com episódios de raiva ou vícios como a bebida.
A lista pode continuar indefinidamente, e é assim que a maioria inicia a terapia de casal: “eu tenho um problema com ele, com ela, e se eu ou você ou ambos pudermos convencê-lo a trabalhar menos, fazer com que controle sua raiva, as coisas serão muito melhores.“
Este é o pensamento binário envolvido em grande parte dos conflitos conjugais: você/eu, mude/não mude, seu problema/meu problema, você está certo/eu estou certo.
Pensar nos problemas dessa maneira é compreensível, mas geralmente não é produtivo. Esse tipo de conversa facilmente provoca discussão sobre quem está certo, qual é o problema mais importante, ou o pior de tudo, torna-se uma luta pelo poder com ambos esperando para ver quem cederá primeiro. Um verdadeiro cabo-de-guerra improdutivo!
A boa notícia é que existem maneiras melhores de pensar sobre esses assuntos de relacionamento. Aqui estão cinco maneiras de encarar os problemas da mesma forma que um Psicólogo faria:
Corrija o que impede de resolver problemas
Quando os casais dizem que discutem o tempo todo, fico me perguntando pelo que discutem. Claro que eles podem discordar, mas será que podem dizer quando a conversa se transforma em uma luta pelo poder, ou que simplesmente não estão chegando a lugar algum? Trata-se de regulação emocional.
Depois que cada parceiro se acalmar, eles podem voltar e resolver o problema?
O que muitos casais fazem é fingir que nada está acontecendo, e varrem o problema para debaixo do tapete, com medo de começar outra discussão. Como resultado, os problemas não resolvidos tornam-se como minas terrestres que devem ser evitadas constantemente. A harmonia do casamento está perdida.
O sucesso do relacionamento não é não ter problemas, mas resolvê-los por meio de conversas produtivas e um mútuo dar e receber. Trata-se de habilidades, não de personalidade.
Corrijam o problema sob o problema
O que rotulamos como problema geralmente é a má solução para algo mais profundo e latente. Ser controlador, por exemplo, envolve ansiedade. Ao invés de responder com “Sai do meu pé!” pergunte: “Com o que você está preocupado?”
Da mesma forma, conversem sobre o problema da bebida, a compulsão por trabalho, a falta de interesse por sexo. Sejam curiosos e compassivos. Vejam se vocês podem desenvolver um plano e comportamentos concretos, para que saibam exatamente o que fazer para ajudar.
Quebrem o padrão dos loops disfuncionais
Casais rapidamente entram em loops disfuncionais: “sinto-me criticado, me retraio, me sinto negligenciado, fico com raiva, me afasto mais, me sinto mais negligenciado e com mais raiva…” e assim sucessivamente. Dá-se voltas e mais voltas até que um dos cônjuges decida pelo divórcio ou exploda.
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Embora vocês possam pensar que o problema é o cônjuge, o verdadeiro problema é o próprio loop. O objetivo é quebrar o ciclo, em vez de tentar fazer com que a outra pessoa mude. Aqui, o ponto de partida é identificar e falar sobre o padrão, de modo a chegarem a um plano para quebrá-lo.
Normalmente, o que está provocando as reações e estabelecendo esses loops são gatilhos antigos e da infância. Concentrem-se no presente: como podemos ajudar um ao outro de modo a não nos sentirmos provocados?
Ao fazer isso ao longo do tempo, vocês não apenas terão uma comunicação melhor para a resolução de problemas, mas também se ajudarão a curar velhas feridas.
Mudem o clima emocional
Em vez de se concentrarem em mudar a outra pessoa e o que ela está fazendo, concentrem-se em mudar o clima geral do relacionamento.
Sempre há tensão? Vocês dois estão pisando em ovos? As conversas são sempre sobre o que está errado e não sobre o que é certo?
Concentrem-se no que estão fazendo. Aqui vocês intencionalmente trarão mais positividade ao relacionamento, mais elogios e agradecimentos, mais afeto e mais honestidade ao falar e dizer o que você quer e sente.
A chave é focar em vocês, mas sem esperar algo em troca. Abaixem a cabeça e façam isso por algumas semanas, depois levantem a cabeça e veja se o clima mudou.
Tratem o relacionamento como uma criança
Existe você e eu, e também existe nós. Pensem em seu relacionamento como uma criança pela qual ambos são responsáveis por cuidar.
Quando a criança fica doente e tem dificuldades emocionais, vocês precisam cuidar dela. É hora de não discutir sobre quem ou por quê, mas sim de dar um passo à frente e fornecer a atenção e cuidado necessários. Se a criança se sente melhor, nós nos sentimos melhor.
Obviamente, vocês podem misturar e combinar qualquer uma dessas abordagens. O que elas têm em comum é sair do pensamento binário sobre que problema é de quem, quem é o culpado e quem precisa mudar.
Vejam o que mais ressoa em vocês individualmente. E então experimentem e mantenham as expectativas baixas. Finalmente, deêm um tapinha nas próprias costas por fazer isso de maneira diferente.
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