Na maioria das terapias, a primeira sessão se inicia com o Psicólogo perguntando “O que traz você aqui?”. Ao longo dos anos atendendo em consultório particular, fiquei surpreso com a frequência em que os pacientes respondem à essa pergunta explicando que tem depressão ou ansiedade, mas nem todos prontos para fazer mudanças.
Caramba! Esta parece uma maneira sombria de imaginar a vida e o mundo, que você está fadado a sofrer imutavelmente e quer que eu lhe ensine técnicas para suportar isso.
Explico aos pacientes que mudanças nos sintomas, diagnósticos e situações de vida são prováveis, mas não garantidas, por meio de nosso trabalho conjunto.
No entanto, a mudança requer uma adequada crença na capacidade de uma pessoa de realizar transformações na própria vida. De conversas com amigos que gostaram de ver Psicólogos por vários anos, e em meu próprio consultório trabalhando com indivíduos que já fizeram terapia antes, eu me pergunto:
Você está precisando de ajuda?
Com mais de 12 anos de experiência, já ajudei mais de 5000 pessoas a superarem algum tipo de sofrimento emocional.
Há pessoas usando a terapia como um veículo para evitar mudanças, utilizando a psicoterapia como comportamento de evitação?
Um comportamento de evitação que pode ser caracterizado pela repetida e oscilante busca e descontinuação por terapia, sendo usado pelo paciente para afirmar diagnósticos pessoais, ou refutar diagnósticos anteriores e tratamentos prescritos. Uma maneira de “comprar alguém que me entenda”.
Ir à terapia toda semana e não fazer o trabalho é como entrar no supermercado toda semana e sair sem suas compras.
Estabelecer relações seguras e de confiança com os pacientes é um trabalho desafiador. Os pacientes podem abandonar a terapia por vários motivos, incluindo:
- O custo do atendimento;
- O estigma associado;
- A falta de motivação que pode estar relacionada aos sintomas atuais e;
- A avaliação negativa do profissional.
Mas o objetivo da terapia é sempre, ou pelo meno deve ser, uma redução ou eliminação de sintomas, bem-estar geral e melhora pessoal. Cada um desses objetivos depende de algum tipo de mudança, com a qual paciente e Psicólogo se comprometem ativa e verbalmente.
Se o paciente nunca se sente desconfortável e nunca sai melhor, então ele não está no consultório de um Psicólogo; ele está em uma “festa”. O papel de um Psicólogo não é apenas validar e observar o trauma de uma pessoa, mas sim que esse importante trabalho esteja direcionado para a cura e a restauração.
O Psicólogo está no consultório para ajudar. Normalmente, essa ajuda envolve a criação de algum tipo de desconforto, e em algum nível.
Com várias opções disponíveis para consumo online, principalmente em mídia social, pode ser confuso aprender o que é terapia, para que ela serve e como pode ser usada para o benefício de alguém. Especialmente se você estiver sentindo sintomas de depressão maior, ansiedade generalizada ou o estigma real ou percebido associado a uma quantidade de diagnósticos.
A terapia pode ser assustadora quando se reconhece que não é apenas um lugar em que você será ouvido inquestionavelmente, e no qual você nunca será desafiado.
Para pacientes que já passaram por um Psicólogo antes e não sentiram melhorias, vale a pena se perguntar:
Você está precisando de ajuda?
Com mais de 12 anos de experiência, já ajudei mais de 5000 pessoas a superarem algum tipo de sofrimento emocional.
- Eu estava pronto para mudar?
- Eu estava interessado em mudar?
Para pacientes que estão em terapia, as seguintes perguntas podem ser aplicadas para avaliar o sucesso do trabalho atual:
- Confio no meu terapeuta?
- A terapia é muito confortável?
- Estou sendo honesto e buscando a verdade?
- Estamos trabalhando para a mudança, e eu?
E para aqueles pacientes que se perguntam sobre procurar terapia pela primeira vez:
- Estou aberto a aceitar a responsabilidade por minha própria vida?
- Eu quero uma vida melhor ou diferente?
Espero te ajudado!
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